Quarta-feira, 9 de Março de 2011

O ENTERRO DO ENTRUDO - 12 MARÇO 2011

Antes de mais, como podemos verificar, pelas situações que têm acontecido e que têm sido noticiadas, o 12 de Março já começou…

O Protesto da Geração À Rasca não é um movimento dum partido, de nenhum sindicato ou outro tipo de associação política ou religiosa ou seja do que for, é um movimento de TODOS E DE CADA UM!

Completamente apartidária e contra a classe política corrupta, mentirosa, excessivamente paga, que anda a ‘encher-se’ à conta do Povo!

Não há nenhum partido no leque do sistema político português que não tenha já prejudicado este país em nome de ideologias, pensamentos políticos ou através de personalidades obscuras!

Todos procuram servir-se do Estado e o Estado somos todos nós!

Os políticos têm e devem ser responsabilizados como qualquer cidadão no desempenho das suas funções!

O que vai acontecer no próprio dia na manifestação convocada pela ‘Geração à Rasca’ e seguida por inúmeros grupos formados no Facebook, assim como noutros pontos de encontro habituais, desde as próprias famílias, grupos de amigos mais restritos ou mais alargados, escolas, cafés, clubes ou associações de recreio, no fundo seguida pelas pessoas, individualmente, demonstrando que temos vontade própria quer como indivíduos, quer em grupo, em comunidade, isto é, como Povo como identidade particular, na verdadeira acepção da palavra, em 12 de Março ou os Portugueses vão demonstrar a sua indignação pela forma como têm estado a ser tratados, ou, vão mais uma vez mostrar que não passamos de um país de ‘Brandos Costumes’ à espera que D. Sebastião encontre faróis de nevoeiro no Norte de África, para voltar e liderar seja lá o que for e a que todos irão atrás, mais uma vez…

 

Importa não esquecer que o que está em questão nesta situação não é só o caso Português. O que está em questão são os regimes e os sistemas sócio económicos e políticos nos quais os países estão organizados.

Ao contrário do que alguns, não os extremistas como Mário Soares, Marcelo Rebelo de Sousa ou Miguel Sousa Tavares, que estão a defender o sistema que os alimenta com unhas e dentes, disparatadamente, não olhando a meios para atingir os fins, refiro os mais inteligentes, têm feito crer que isto tudo é uma questão isolada do que se passa no Mundo. Mas não é o caso.

O que se tem passado no Mundo é que proporcionou a este grupo de gente ‘o fartar vilanagem’ a que assistimos, com um descaramento, já de tal ordem, que se riem nas nossas caras, tirando-nos até a dignidade!

Porque é que só agora os meios de comunicação social, alguns, estão a noticiar e a elaborar reportagens/dossiês sobre a ‘Geração à Rasca’, será porque o fenómeno ganhou forma própria, por si mesmo, sem ‘media’ e agora eles são arrastados e obrigados a virem abordar o assunto, apresentar testemunhos, só agora é que descobriram?

Não, claro que não, já se aperceberam que esta mole humana que se está a começar a mover não é um grupinho de ‘palradores’, é coisa mais séria e há que dar-lhes atenção, há que tentar envolver o fenómeno e absorvê-lo para dentro do sistema.  

A RTP, através do programa ‘Prós e Contras’ tentou ‘branquear’ e ‘alindar’ isto tudo, mas saiu o ‘tiro pela culatra’, aquele final traiçoeiro não escapou a ninguém, pois é meus senhores trata-se de ‘Geração à Rasca’ não é ‘Geração Parva’ como alguns de vocês, os que nunca sonharam ou desistiram de sonhar, gostam de lhes chamar! A canção, dos Deolinda, é que se intitula ‘Que Parva Que Eu Sou’!

O objetivo da última fase do poder instituído tem sido essa, absorver este movimento no sistema e esse poder, aparecer como paladino da Democracia e das Liberdades, mas enganam-se, vêm tarde, já quase ninguém acredita nestes políticos, nesta forma de estar…

A organização está a cair no ‘politicamente correto’, está a deixar-se manipular, foi tomada de assalto, ou ganhou receio de retaliações, no entanto aquilo que provocaram já os ultrapassou, já está na mão do Povo.

Mas não é só a política que está a provocar este descontentamento, é a forma de vida, é a injustiça social em que se vive, é o que a classe política tem feito, ou, antes não tem feito pelo país, mas em seu benefício próprio, é que já é demais.

Quem acha que é Qualidade de Vida levar quase duas horas para ir e voltar do trabalho, onde tudo o que ganha vai para impostos e não chega ao fim do mês, não poder estar com os filhos que fez com tanto amor e quer com tanto carinho, não ter vida própria, não poder ir de férias para lado nenhum, porque o subsídio de férias já não é um extra, faz parte do salário, está gasto logo no início do ano?

BASTA!

 

Não acredito que os Portugueses fiquem em casa!

Mas…

1 - Não vão passar de mais umas manifestações que irão ser noticiadas e debatidas nos dias seguintes até se esgotar o assunto, digladiando-se os seus apoiantes com os seus detratores, discutindo quantos participantes estiveram presentes, quantos milímetros estiveram ocupados, vindo alguns dos detratores, comentadores de TV encartados, políticos frustrados, dizer como se deveria ter feito e no final o resultado é que estas manifestações serão absorvidas pelo sistema, que aparecerá vestido com a sua fatiota ‘democrática’ e cheia de liberdades ‘para dar e vender’!

Será mais tipo uma jornada da Liga realizada ao Sábado com vários painéis… não, não vou cair na piada fácil… de discussão, assaz, ‘politicamente muito correta’!

 

2 – Vão ser manifestações esmagadoras, marcantes pela presença em massa dos Portugueses, com algumas quezílias aqui ou ali provocada por arruaceiros organizados por algumas J’s de partidos instalados, com uma ou outra intervenção policial para marcar o terreno e inspirar medo.

Mas a ideia é que este evento é pacífico, exclusivamente, e, por isso se tem falado muito de Mahatma Gandhi e Nelson Mandela, um pelo pacifismo na luta, na persistência, no amor para combater o ódio, o outro pelo perdão e pela união que conseguiu num país tão vasto, que estava em ferida e ao qual conseguiu imprimir uma dinâmica de paz entre os homens apesar de tudo o que ali se tinha passado.

Com estas molduras de massa humana tudo vai depender da vontade dos presentes, porque realmente há uma vontade muito pessoal intrínseca que se repercute no grupo e na multidão, que ganhará vontade própria consoante tudo for decorrendo.

Lembremo-nos que vai ali estar gente com as mais variadas preocupações, com a sua existência imediata ou com o futuro dos seus filhos, até por solidariedade, e, que lá está para protestar, mostrar a sua indignação, o seu repúdio por políticos corruptos, que os enganaram ao longo dos anos, que lhes pediram sacrifícios tantas vezes, que era para melhorar a vida e afinal estamos assim, e, eles, esses políticos é que estão bem de vida.

Esses que lhes prometeram mundos e fundos mas sempre fizeram o contrário, ‘afinal diz que o voto é que valia e me dava liberdade para escolher o que eu queria, mas isto não é nada, senhor!’.

Durante a tarde vão ficar a saber que os políticos que reduziram salários e pensões aos portugueses e disseram que iriam reduzir os próprios ganhos afinal acabaram por dar uma ‘cambalhota’, fizeram lá umas ‘contabilidades artísticas’ e aumentaram-se 5%, que há outros países em que os políticos não ganham tanto, nem têm tantas regalias e reformas com cá no nosso cantinho e que quando fazem asneira têm que se haver com a Justiça mas é a sério porque não têm isso da imunidade, quer dizer são como a gente, que as histórias que vêem na televisão e lêem nos jornais sobre os jovens desempregados e à procura de casa para começar a vida, assim como de famílias inteiras desempregadas são verdade, porque eles vão lá estar a contar, etc.

 

…E daqui das duas uma:

2.1 - Vai-se exigir de imediato a demissão deste governo e a formação de um governo de grande eficácia para gerir a situação de crise em que nos encontramos, reduções drásticas dos custos do aparelho do Estado, começando pelos salários dos políticos e lugares de cariz político em instituições e empresas que tenham intervenção estatal, diminuição e extinção do número de ministérios, direções gerais, instituições, comissões, grupos de trabalho que não servem para nada e não são necessários num país com a dimensão de Portugal, acusação formal e medidas de coação para políticos e empresários sob suspeita de atos ilícitos contra o Estado e/ou contra terceiros, com respetivo congelamento de bens, abertura de todos os processos encerrados que envolvam políticos, governantes e opositores, para investigação se necessário mais elementos, andamento acelerado de processos em ‘passo de caracol’, prisão efetiva de políticos condenados independentemente de estarem a cumprir qualquer mandato, assim como outras exigências consideradas de caráter urgente e de interesse nacional, com o objetivo de recuperar bens que deveriam estar em poder do Estado.

Ainda com outros ajustamentos como o de frotas automóveis e outras mordomias excêntricas que os políticos usufruem, vão aparecer montantes inesperados de euros que já ajudarão em muito no imediato.

Revisão dos últimos negócios da dívida efetuados pelo atual Governo, principalmente com especial atenção à situação da relação negocial com a China.

Reformulação integral do sistema sócio económico e político em que vivemos, passando a vigorar uma Democracia verdadeira, transparente e clara, responsabilizando os políticos que servem o país tanto no governo como na oposição, separação imediata da Política dos Tribunais, assim como do poder económico, e da comunicação social que deve ser verdadeiramente livre ou pelo menos tentar sê-lo, redução do número de deputados em conformidade com as necessidades do país.

O mais importante será que os eleitores, os Portugueses, conheçam os políticos, saibam onde estão, o que fazem, o que realmente tinham antes de exercer cargos, e, o que vão tendo e terão quando abandonarem os cargos, se o que possam ganhar entretanto seja devidamente justificado, porque o mérito e o bom trabalho deve ser reconhecido, tanto como o erro sistemático ou a corrupção devem ser punidos dentro da Lei, o contato entre os políticos e os eleitores deve ser promovido sempre que possível, os políticos devem explicar porque tomam determinadas decisões que muitas vezes prejudicam uma minoria mas que beneficiam uma comunidade, sendo que mais tarde essa minoria irá também usufruir dessa benesse.

Em traços gerais, seria assim…

Tudo isto iria colidir com uma necessidade social de melhor qualidade de vida para cada vez mais pessoas, não tendo por objetivo ganhar mais dinheiro, ter um carro mais novo que o vizinho, não ter uma casa mais assim ou ‘assado’, porque isso no fundo é o jogo deste sistema vigente para ir buscar impostos e taxas, ‘esmifrar’ o produto do trabalho árduo, sempre no ‘fio da navalha’ que se impôs de uma competição absurda, selvagem, que não deixa tempo para a maioria das pessoas pensarem, apreciarem o que há de belo neste Planeta, para se tornarem ‘novos escravos’ sem sentimentos, emoções, mas meros ‘instrumentos produtivos’ que vão interessando enquanto tal, porque quando deixam de o ser são postos de lado, abandonados, cada vez mais e mais…

Com os valores do Passado, evitando as asneiras do Presente, se constrói o Futuro!

 

2.2 – A avalanche será de tal ordem que as exigências vão bem mais longe como pedir a demissão, até mesmo, do Presidente da República e a revogação do regime em que vivemos para além do próprio sistema, seguindo a grande e enorme onda que avassala o Mundo, mudando não de forma extremista, mas radical, a situação sócio económica e política de Portugal.

Só com a ruptura total com o regime em vigor, tal como em 25 de Abril de 1974, será possível transformar Portugal num país justo, socialmente equilibrado, avançado, de vanguarda, de novo com valores e princípios básicos de sã convivência em comunidade, onde impere a verdadeira Liberdade, não uma espécie de ‘liberdade de carnaval’, respeito, consideração e orgulho de ser Português!

Porque temos um Presidente da República, sem praticamente poderes quase nenhuns, um Governo presidido por um Primeiro-ministro, esse sim com poder, neste momento ditado pelo ‘poder económico’, e, uma Assembleia da República com tantos deputados que nada fazem, mesmo os que lá aparecem e mesmo os que estão acordados ou não estão a ler ‘A Bola’?

Fora as Direções Gerais, instituições estatais para isto e para aquilo, empresas estatais disto e daquilo, empresas ainda com intervenção do estado só para haver uns lugarezinhos nas administrações e poderem-se realizar verdadeiras ‘jogadas de mestre’ para tentar controlar o que nunca deveria nem ser uma tentação, etc.

Porque falta uma ligação que deveria ser fortíssima entre o poder central e o poder local, assim como, das Câmaras Municipais com a Juntas de Freguesia, e, na maior parte das vezes isso acontece porque não são do mesmo partido ou pior, sendo do mesmo partido, não são da mesma corrente de ‘pensamento político’, leia-se ‘interesses económicos’ uns dos outros. Isto tem que acabar!

Todos os partidos seriam alvo de auditorias sérias e os que não estivessem a cumprir as leis vigentes deveriam ser extintos.

Quanto aos políticos reverto para o ponto 2.1.

O absurdo é que os Republicanos asseguram que o nosso país republicano é assim constituído, um Presidente, um Primeiro-ministro/Governo e Assembleia da República por tradição…

Mas qual tradição?

A República que todos saibamos foi implantada em Portugal em 05 de Outubro de 1910, em História isto significa praticamente …ontem!

Mas, então que tradição é esta? Só pode ser uma e dá-se o caso que esta tradição é inspirada na Monarquia, tal como a conhecíamos ultimamente em Portugal e a conhecemos atualmente na Europa!

Um Rei, um Primeiro-Ministro/Governo e um Parlamento…  

Por isso, pode-se colocar a questão, nesse caso, porque não regressamos à Monarquia?

É lícito que os monárquicos o façam, porque não?

Mas, quanto a mim, isso era no fundo proporcionar uma certa continuidade ao que já temos, assim não haveria a tal ruptura que mencionei atrás.

Já aqui citei: Com os valores do Passado, evitando as asneiras do Presente, se constrói o Futuro!

Seria este o momento em que deveríamos olhar para os nossos antepassados Lusitanos, traçar um paralelismo com os sistemas sociais tribais que ainda hoje subsistem, verificar que os valores e princípios desses povos não se perderam, mantêm-se intocáveis, ver a forma como vivem politicamente e economicamente, transportar isso para a nossa realidade global, analisar a nossa dimensão e posição geográfica, a nossa diáspora, a nossa riqueza humana, natural e sociológica, com esses elementos, muitos já em nosso poder recolhidos por grandes mestres nas diversas matérias, será muito fácil chegar à conclusão do que necessitamos, sem gastar tanto do erário público, mas com eficácia.

Não necessitamos mais que um sistema conhecido por Presidencialista adaptado, podem chamar-lhe o que quiserem, com um Presidente eleito tal como o é hoje em dia, bem filtrado e impoluto, passando pelo crivo popular, tendo que prestar contas, tal como todos os políticos como refiro no ponto 2.1.

Esse Presidente ou o que lhe quiserem chamar teria uma pequena equipa, uma ‘task force’ e formaria governo de sua inteira responsabilidade.

Governo e Parlamento de acordo com o exposto no ponto 2.1.

 

Antes de chegar a esta situação deverá naturalmente haver uma transição, onde não devem participar políticos conotados com o presente status quo, sejam de que partidos forem, evitando-se assim o que se passa, por exemplo, na Tunísia, onde o Povo continua na rua, o mercado negro é o mercado que alimenta as pessoas, o mercado corrente, motivado pela presença de antigos ministros de Ben Ali no Governo desta fase transitória, estando o país parado num impasse que seria fatal no nosso caso.

O ideal seria que representantes dos diversos grupos que têm dinamizado este fenómeno, em número proporcional ao total de membros de cada grupo, constituam uma Comissão de Ação, que entre si, democraticamente, votarão as personalidades que iriam trabalhar com eles nas várias áreas de atividade que implicam a continuidade do funcionamento de Portugal!

 

Que fique bem vincado, este novo regime e sistema, deve privilegiar o social em primeiro lugar, o político e só depois o económico. Deverá iniciar um processo de transformação de mentalidades com o objetivo de fazer chegar às pessoas o interesse numa verdadeira Qualidade de Vida, o pouco interesse que o dinheiro tem nas nossas vidas, porque é por isso que o Mundo sofre, o país sofre, cada vez mais jovens têm doenças que só deveriam poder ser possível ter com mais vinte ou trinta anos mais!

Vivam a vida com as vossas famílias, com os vossos amigos e principalmente com os vossos filhos!

É para eles que temos que parar agora e deixar de ser uma espécie em extinção no Planeta Terra!

 

 

 

 

 

 

tou a curtir: os vampiros.José Afonso
sinto-me: farto!
publicado por FV às 17:28
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