Há quem pense arduamente que tem o exclusivo da vida, assim como se fosse uma marca de moda, de preferência cara, com roupa, sapatos, malas, perfumes e todos os acessórios incluídos.
Conforme os anos vão passando, como qualquer pessoa, no percurso vão aparecendo escolhos, para uns mais terríveis que para outros, agruras de toda e qualquer espécie, que nos vão moldando a personalidade, que vem sendo formada já de há muito… não cabe aqui o debate se é ou não já uma questão genética e depois com interferência ambiental, ou seja, o que for, não se trata disso.
Pura e simplesmente, e, creio que isso é pacífico que sim a personalidade é transformada ao longo da vida, marcada pelos acontecimentos bons, menos bons, péssimos e menos maus, no fundo por tudo o que nos vai acontecendo, por vezes por situações de que nem damos conta.
A capacidade de sofrimento ou de viver a felicidade de cada um não é igual e essa é uma das belezas do ser humano, não sermos todos iguais.
O fato de sofrermos mais intensamente ou mais vezes, ou, de termos sido felizes da mesma forma, não nos dá o direito de nos considerarmos superiores aos outros, os sofrimentos não se medem… aos palmos, tal como a felicidade.
Há gente que passa a chamar a si uma exclusividade da vida, como se fossem seres especiais, perdendo e confundindo o que é humildade, passando a viver como se o mundo girasse só à sua volta, esquecendo que há outros que também sofreram, sofrem e podem vir a sofrer, ou, foram felizes, são felizes ou poderão a ser felizes.
Isto não permite qualquer sobranceria e falta de respeito em relação aos outros… os outros, enfim, os tais outros que também levam o seu quinhão de felicidade e sofrimento, que estão em pé de igualdade, não são ‘uns quaisquer’ que sabem lá o valor da vida…
Tudo… a todos pode acontecer.
Isto é a vida e não dá exclusividade a ninguém.
Como é possível viver a medir e comparar constantemente a dor, o sofrimento, a tristeza ou a felicidade, ou, até a inteligência e a capacidade de amar e de ser amado?
“Não são as espécies mais fortes nem
As mais inteligentes que sobrevivem,
Mas sim aquelas que melhor
Respondem às mudanças”
Charles Darwin
Estas pessoas que pensam ter o exclusivo do sofrimento chegam a duvidar de que algo de bom lhes possa acontecer, colocam tudo em questão, já não acreditam em nada, nem se apercebem do que podem provocar à sua volta, mas a vida é feita de altos e baixos, por isso também os que pensam ter o exclusivo da felicidade estejam atentos porque podem ser surpreendidos.
Sobrepõe-se a falta de noção do absurdo, o oito e o oitenta, a mania da perseguição, acham que nada nem ninguém quer saber, nem se pode estar a preocupar com eles, porque isso é impossível, isso é o seu papel… isso e tomar decisões também pelos outros que são uns pobres de espírito!
Tudo o que leem, veem e ouvem lhes diz respeito a eles, até os acontecimentos mais vagos, mais longínquos, tal é a certeza de que são o centro do universo, que nada, nem ninguém mais tem uma existência tão marcada como eles os detentores do ‘exclusivo’.
Viver a vida é isso mesmo, amar, recordar, ser feliz, sofrer, tentando sempre estar bem, não ser fatalista, lutar por dias melhores, acreditar que é possível concretizar o que sonhamos de bom para nós!
Olhar em redor, ver os outros, estar com os outros, deixar-nos ir com a vontade da Natureza, respirar fundo, tentar aliviar o sofrimento com que temos que lidar, não importa se é muito ou pouco, saber conviver com a felicidade que pode ser mesmo tão ou mais difícil…
Nada, nem ninguém tem o exclusivo da vida!
Vivam-na o melhor que puderem, mas façam-no!
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